quinta-feira, 6 de novembro de 2014

LIÇÃO 6 - A QUEDA DO IMPÉRIO BABILÔNICO

     
INTRODUÇÃO

       Não existe duvidas que Nabucodonosor foi o mais importante dos reis da Babilônia. Seus feitos arquitetônicos construindo cidades e palácios e sua ousadia política, além de demonstrar uma inteligência espetacular apresentam a sua história.
      Depois da morte de Nabucodonosor em 562 a.C.,Evil-Merodaque o sucedeu no trono e, dois anos depois foi assassinado por Neriglissar, seu cunhado, mas quem veio a assumir o Trono foi     Nabonido, genro de Nabucodonosor, o qual gerou o filho chamado Belsazar.          Este, veio a ser corregente com seu pai, três anos depois. Era um homem blasfemo e não sabia respeitar princípios. Sua história contém elementos de crueldade e total inclemência com os subordinados do reino. Foi, também, um homem devasso que não sabia respeitar a história nem aos valores do reino.
     Belsazar fazia uma festa regada a vinho e sexo, quando Deus escreveu na parede do palácio a sentença de morte e queda do império babilônico. Está registrado, também, o desrespeito com os valores religiosos das nações e como, de forma abusiva e irresponsável, ele mandou buscar os vasos sagrados do templo de Jerusalém para embebedar-se com vinho nos mesmos, Belsazar ultrapassou a medida da paciência de Deus e, na noite de sua festa, foi morto e o reino da Babilônia foi ocupado pelos medos e persas em 539 a.C.

1 - A FESTA PROFANA DE BELSAZAR

    “Na presença dos mil” (5.1). Refere-se aos convidados de Belsazar na frente dos quais ele bebeu vinho, como uma demonstração libertina diante dos seus convidados iniciando a bacanal dentro do palácio. Poderia ter sido mais uma festa palaciana na Babilônia se a festa promovida por Belsazar não tivesse sido uma festa de escárnio ao Deus dos cativos judeus.
    “mandou trazer os utensílios de ouro e de prata... que seu pai Nabucodonosor tinha tirado do templo que estava em. Jerusalém” (5.2,3). Belsazar não teve escrúpulos nem respeito com os utensílios sagrados trazidos de Jerusalém como espólio de guerra por seu avô Nabucodonosor. Ele foi um homem sensual e sem vergonha, pois não tinha o menor respeito por coisas sagradas. Além de desafiar o poder de Jeová e querer usurpá-lo, Belsazar foi mais longe e fez escárnio da verdadeira religião para satisfazer seus intentos baixos, frívolos e profanos. Quando o teor alcoólico subiu à cabeça de Belsazar, então mandou trazer os “vasos sagrados do templo de Jerusalém” para serem usados em suas orgias com suas mulheres e prostitutas. A profanação das coisas santas sempre foi condenada pelo Senhor (Dn 1.3;Am 6.6; Is 52.11).
   “E beberam neles o rei, seus grandes, as suas mulheres e concubinas” (5.3,4). A despeito da opulência e grandeza da cidade ostentando um palácio imperial onde havia festas, luxúria, prazeres, riquezas e exibição de maldades,Belsazar não teve nenhuma sensibilidade com os vasos sagrados, que certamente eram taças de ouro e de prata e que serviam aos atos litúrgicos do Templo de Deus em Jerusalém. No versículo 4 diz que “beberam o vinho e deram louvores aos deuses... ”. Era uma festa dedicada aos deuses (ídolos) do império, mas que continha degeneradas orgias com homens e mulheres, muita glutonaria e bebedice. A intenção libertina de Belsazar era desafiar os outros deuses, principalmente, o Deus de Israel, amado e reverenciado pelos cativos judeus dentro do palácio. Havia dentro do palácio uma forte influência satânica. Não há dúvida de que os demônios trabalham para desfazer tudo o que diz respeito a Deus e, tomar aquelas taças sagradas do templo de Deus, fazia parte da estratégia de Satanás para profanar as coisas de Deus. O apóstolo Paulo escreveu aos coríntios, algo que confirma esse fato: “As coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios e não a Deus” (1 Co 10.20).

II - O IRREVOGÁVEL JUÍZO DE DEUS

     A justiça de Deus é perfeita e não há nada que possa revogar sua demonstração quando é ferida pela presunção e arrogância do homem.
     Os absurdos cometidos por Belsazar levaram o país à destruição, sua embriaguez fez com que ele perdesse o senso de responsabilidade. Tenhamos cuidados para não perder a lucidez, vivemos em um mundo solapado pela ilusão. Por isso Paulo orienta os crentes de Éfeso para não se embriagaram, antes busquem ser cheios do Espírito (Ef. 5.18). Muitas pessoas estão perdendo muito tempo diante de coisas que distraem na vida espiritual. O exercício da piedade precisa ser reativado na vida de muitos cristãos (I Tm. 4.7,8). As redes sociais precisam ser utilizadas com equilíbrio, caso contrário, poderão levar à destruição física e espiritual. O rei Belsazar foi longe demais, decidiu profanar as coisas sagradas, mostrando seu desrespeito pelo céu. O resultado desse pecado premeditado foi a perturbação, muitos estão perdidos em seu rumo. Os pecados dos seres humanos, e suas drásticas consequências, já é um juízo de Deus, na medida em que esses tiram a paz (Dn. 5.5-9). O homem ceifa aquilo que semeia, as obras da carne podem se transformar em tempestades, e fazer com que os cristãos percam a intimidade com Deus (Gl. 5.17). A alegria do rei de repente se transformou em pavor, sua arrogância foi julgada por Deus. A sabedoria de Deus confunde as astúcias humanas, o Senhor confronta o pecado por meio da Sua palavra (Dn. 5.7,8). Daniel foi levantado por Deus como profeta, para denunciar os desmandos do rei da Babilônia. Uma igreja profética reconhece seus limites na participação política. O envolvimento totalmente submisso às autoridades pode comprometer o caráter profético da igreja. Depois de receber a mensagem de juízo de Deus, o rei Belsazar, ao invés de se arrepender, como fez seu pai, Nabucodonosor, se voltou contra a Palavra (Dn. 5.22). Quando o pecado se aloja no coração das pessoas, elas ficam cegas, e acabam agindo de maneira equivocada, fundamentadas no desejo desenfreado.  A palavra de Deus foi contundente ao rei babilônico: MENE, MENE, TEQUEL, PARSIM.

III - A REVELAÇÃO E INTERPRETAÇÃO DA ESCRITURA NA

PAREDE

     Mene significa contar, isso quer dizer que os dias do rei estavam contados, Deus deu um basta naquele império, por causa da sua desobediência (Dn. 5.25). Tequel significa pesar, isso quer dizer que Deus julgou, e avaliou o império babilônico. Por fim, PARSIM – PERES significa romper ou dividir, assim sendo, Deus dividiria o reino da Babilônia. Essa divisão aconteceu quando os medos e persas (Dn. 5.28) tomaram o império babilônico.           Certa noite, Dario desviou o curso do rio Eufrates e invadiu a Babilônia. Os juízos de Deus virão sobre a humanidade, por isso todos devem depender de Cristo. Ninguém pode ser considerado justo perante Deus, todos pecaram e ficaram distanciados de Deus (Rm. 3.23). 
     O salário do pecado é a morte (Rm. 6.23), mas a dádiva de Deus é a vida eterna, através de Jesus. Todos nós fomos achados em falta perante Deus, mas Jesus, com Seu amor infindo, nos atraiu para o Pai (Jo. 14.6). O amor de Deus é incondicional, Ele nos atrai para Si, basta apenas crer nEle (Jo. 3.16). O Senhor não quer que as pessoas se percam, antes que se arrependam, e se voltem para Ele (II Pe. 3.9). Mas nem sempre as pessoas estão dispostas a tomarem uma decisão por Cristo. Por causa disso, muitos estão padecendo nestes dias. O juízo de Deus começa pela própria decisão humana de viver por si mesmo. A vida de algumas pessoas tornou-se um inferno, porque optaram por não se entregaram a Deus. Mas o inferno não é apenas aqui, o juízo de Deus vai além, no futuro aqueles que se negaram a viver para Cristo, comparecerão perante o Trono Branco (Ap. 20.11-15). Desse trono muitos tentarão fugir, mas será improvável, pois o Senhor julgará com reta justiça. Nenhuma condenação há para aqueles que estão em Cristo, mas para os pecadores impenitentes, que agem como Belsazar, o resultado será a condenação (Rm. 8.1). O lago de fogo está preparado para Satanás e seus anjos, e para todos aqueles que querem fazer companhia ao Diabo (Mt. 25.21).

CONCLUSÃO 

     O excesso de riquezas da Babilônia, a crueldade de Belsazar e as orgias do reino tipificaram uma vida tremendamente fechada em si mesma. A intervenção de Deus em meio aquela festa profana demonstra que Ele não admite a soberba e o egoismo. O Pai Celestial, em Jesus Cristo, julgara a todos os que se mostram soberbos e arrogantes. A queda do império babilônico é uma lição para todos nós. Um dia, quando da segunda vinda gloriosa de Jesus, todos os povos serão julgados pelo nosso Senhor.


BIBLIOGRAFIA


WEIRSBE, W. Comentário Bíblico do Antigo Testamento: Central Gospel, 2014.
PRICE, R. Comentário Bíblico Beacon: Volume 4 : CPAD, 2005.
CABRAL, E. Integridade Moral e Espiritual. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.






Um comentário:

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